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Amor Fatal
Amor Fatal

 
Tinha enfim encerrado o assunto. O cheiro da carne enchia a madrugada. Nunca mais aquele assunto o incomodaria. Olhou para a mesa e o chão. O vermelho tingia o azulejo branco Gostou da sinistra tela. Aquele cenário somente seria visto muito depois. Vantagem de férias coletivas. Que fosse terminada a execução. Sentença que ele decretou. Fim daquela boca cheia de “nãos”. Sem preocupação deu as costas e desapareceu na escuridão. Cheiro estranho invadiu a vizinhança. Desaparecido o gerente, rapaz de 22 anos. No forno uma corrente e um anel. A identidade da dona ninguém sabia dizer não.

O anel e a corrente. Testemunhas oculares do gesto hediondo. Não querendo ver o resultado do seu "prato" inusitado, fugiu atarantado. Pela visão dantesca que o peserguiu durante a fuga A mulher queimada e a corrente que ele mesmo dera no dia do seu aniversário. Olhando sem querer ver. O olho fixo nele. Enxergava o olhar através dos olhos da loucura. O olhar da pedrinha, do pingente. Que clamava inclemente Pela morte de sua dona O anel incrustado de boas lembranças Vazão de sua paixão pelo doente pelas drogas, Do amor desde crianças. Foi o último a testemunhar o ato. Do covarde fato. Que acabou com a vida de um ser humano com sonhos a realizar, Pelas drogas se deixou levar, Acabando com uma pessoa que apenas o queria ajudar
Su aquino  ,Adilton Gomes  Silveira

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